Isto sim é uma notícia... Azeite ou molho para os estudantes universitários?

Citado do Diário de Coimbra de hoje:

"As cantinas da Universidade de Coimbra (UC) estão a servir azeite temperado com ervas aromáticas, uma forma de contornar a nova imposição legal, em vigor desde o passado dia 11 de Janeiro, de só levar às mesas o produto em embalagens invioláveis, em substituição dos tradicionais, mas nem sempre fiáveis, galheteiros. (...) António Luzio Vaz, administrador dos Serviços de Acção Social da Universidade de Coimbra (SASUC), nega qualquer preocupação economicista na base desta medida – as doses individuais encarecem o produto –, dizendo que «não queria era deixar de comprar azeite no produtor», por considerá-lo de superior qualidade. Por outro lado, advoga que ao temperar o azeite com ervas aromáticas, está a transformá-lo num «molho altamente enriquecido», com ganhos para a saúde, deixando de haver problema legal. Ainda assim, Luzio Vaz garante que as cantinas e restaurantes universitários oferecem «duas opções: azeite transformado em molho, com ervas aromáticas mediterrânicas, servido na molheira e, ao lado, garrafinhas invioláveis». De qualquer forma, a adopção das pequenas garrafas «resultou de algumas pessoas dizerem que não gostam das ervas», justifica Luzio Vaz. O administrador dos SASUC insiste: «Eu opto pelo azeite com ervas aromáticas (coentros, orégãos, alecrim e ervas da “Provence”)». Apesar de a nova legislação pretender acautelar problemas de higiene e de eventual falsificação de azeite, Luzio Vaz desconfia, sobretudo, da qualidade do produto em saquinhos individuais. «Com as embalagens invioláveis, não conhecemos o azeite que lá vem dentro. Há várias marcas de azeite e só o grau, que diz algumas coisas, não diz tudo. Comprar, sempre que possível, ao produtor é uma maneira de garantir a qualidade», defende o administrador dos SASUC. Agora, face à imposição legal, e havendo duas opções, diz preferir as pequenas garrafas (de plástico ou de vidro), rejeitando as «saquetas com cheiro a fast-food». Luzio Vaz afirma que o serviço de refeições da UC dispõe de duas dietistas e de um bioquímico, que, entre outras tarefas, fazem análises aos pratos, recolha de amostras de alimentos e controlo de higiene. Uma forma de despistar situações indesejadas, assegura."