Hipóteses:
- agregado familiar com um rendimento disponível mensal de 5 salários mínimos, isto é, qualquer coisa como 375 contos (1 875 euros);
- compra um apartamento por 30 000 contos (150 000 euros);
- endivida-se em 20 000 contos (100 000 euros), ficando a pagar prestações mensais (constantes em capital e juros) durante 20 anos;
- paga actualmente uma prestação mensal de 134 contos (669 euros), ou seja, 36% do rendimento disponível, assumindo uma taxa de juro de 5% (+/- Euribor + 2%).
Se a taxa de juro passar para 10% (mantendo-se tudo o resto constante), a prestação passará para 196 contos (979 euros), equivalente a 52% do rendimento disponível!
Não será preferível negociar empréstimos a taxa fixa (isto é, que não varia com a oscilação das taxas de referência do mercado), aproveitando os níveis actualmente baixos das taxas de juro (em termos reais e nominais) e a expectativa da continuação do seu aumento a curto / médio prazo?
Depende das expectativas concretas de cada um, sobretudo, em relação às taxas de juro, mas também em relação à evolução (a) do preço das casas, (b) das rendas, (c) do rendimento disponível e (d) da existência de património alternativo que permita um reembolso antecipado em caso de deterioração das taxas. Normalmente, (a) e (b) são positivamente correlacionados.
Depende também do poder negocial com os bancos... que é normalmente bem limitado. Muitos contratos impedem a passagem de taxas variáveis a taxas fixas ou o pagamento de penalidades fortemente dissuasoras.
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