Em altura de eleições, comecei a pensar acerca de critérios de decisão. Há que verificar, então, duas componentes: a ideológica/teórica e a prática.
Em relação à primeira, não há muito a dizer. Trata-se apenas de valores pessoais de cada um, que se aproximam mais de determinado candidato. Claro que existe (e tem de existir) troca de ideias, debate, discussão acerca de ideais, projectos e intenções e há mudanças decorrentes dessas trocas de argumentos.
Por fim, uma vez feita a escolha, com a devida informação e esclarecimento, surge outra dimensão igualmente determinante para a decisão final por um candidato: a capacidade de efectivar o que diz serem os seus objectivos. Ora, a dificuldade está no facto de só ser possível avaliar isso após a sua actuação pós-eleitoral, ou seja, só depois de ter ganho é que pode mostrar a sua competência política.
Então, como é que podemos ter a certeza de estar a fazer uma boa escolha?
Como é possível conciliar os que acreditamos ser um bom projecto com um bom grupo de executores deste?
Não posso responder a nenhuma destas questões com objectividade, apenas posso dizer que o que penso ser mais correcto é a busca de informações por parte do eleitor sobre QUEM está por detrás do candidato, sobre a sua EXPERIÊNCIA política, enfim… todo um conjunto de elementos que permitam antever a sua actuação numa possível vitória.
E é este o problema da política portuguesa: a falta de interesse dos eleitores, que não procuram SABER sobre quem os vai representar.
Em relação à primeira, não há muito a dizer. Trata-se apenas de valores pessoais de cada um, que se aproximam mais de determinado candidato. Claro que existe (e tem de existir) troca de ideias, debate, discussão acerca de ideais, projectos e intenções e há mudanças decorrentes dessas trocas de argumentos.
Por fim, uma vez feita a escolha, com a devida informação e esclarecimento, surge outra dimensão igualmente determinante para a decisão final por um candidato: a capacidade de efectivar o que diz serem os seus objectivos. Ora, a dificuldade está no facto de só ser possível avaliar isso após a sua actuação pós-eleitoral, ou seja, só depois de ter ganho é que pode mostrar a sua competência política.
Então, como é que podemos ter a certeza de estar a fazer uma boa escolha?
Como é possível conciliar os que acreditamos ser um bom projecto com um bom grupo de executores deste?
Não posso responder a nenhuma destas questões com objectividade, apenas posso dizer que o que penso ser mais correcto é a busca de informações por parte do eleitor sobre QUEM está por detrás do candidato, sobre a sua EXPERIÊNCIA política, enfim… todo um conjunto de elementos que permitam antever a sua actuação numa possível vitória.
E é este o problema da política portuguesa: a falta de interesse dos eleitores, que não procuram SABER sobre quem os vai representar.
2 comentários:
Alice
É óbvio que só sabes "à posteriori" se a "praxis" é boa ou má ou, pelo menos, concordante com a teoria propagandeada durante a campanha. É como nos jogos de futebol: só no fim é que se vêem os resultados. Ou como uma caixinha de surpresas... esperemos não de Pandora... Mas, quem não arrisca não petisca, n'est-ce pas?
Contudo, alguns candidatos são, naturalmente, mais fiáveis ou previsíveis do que outros. Podes, por exemplo, antecipar que o Cavaco tentará ser mais "executivo" (exceder mais os estritos limites do semi-presidencialismo) do que o Soares que, por sua vez, fará de novo a Volta ao Mundo a comer e a beber bem (e a galopar tartarugas?). O Alegre seria talvez uma boa surpresa... Estou a vê-lo a declamar "Os Lusíadas" na Assembleia Geral das Nações Unidas. Quanto aos outros (infelizmente?) penso que não temos de nos preocupar com a "praxis" deles. Podem continuar a prometer mundos e fundos e a contestar a vil realidade do défice.
Já agora: um outro critério importante (pelo menos na escolha entre o Soares e o Cavaco) são as "first ladies". Por esse lado, "malgré tout", seria tentado a deitar pelo Soares... Sei bem que é mais velhota mas, seguramente, tem mais bom gosto, vai menos à missa e lê livros que me agradam mais.
a 1ª dama, de facto, é uma coisa importante, não me tinha lembrado... aliás, ainda há dias estava a ver "o perfeito anormal", que enfatizava a importancia desse elemento numa candidatura.;)
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