Numa conversa acerca de Deus, um dos intervenientes de uma tertúlia de café diz a palavra "Crença", que outro interveniente percebe como "Carência". Aqui está lançada a base para a nova teoria que revolucionará (ou não) as religiões/ideais do mundo...
Ora bem, pela associação expontânea de "crença" e "carência" apercebemo-nos que os dois conceitos estão initmamente relacionados, pois quem precisa de uma crença senão uma pessoa carente? Só quem sente falta de algo que lhe é necessário é que precisa de se apoiar na fé absoluta da existência de algo (seja lá o que for). Quem não encontra explicações imediatas e universais para o que quer perceber, naturalmente, procura a sua própria explicação.
E onde vem a palavra "careta" aqui no meio? Pois bem, vem de todos os carentes crentes que transformam a sua crença/carência na única razão de ser. Ou melhor, em todos os que permitem que outros lhes façam isso. Porque se a crença é um meio de completar uma carência não deve chegar à caretice de absorver todo o sentido da existência de a quem ela recorre.
E assim está enunciada a teoria da crença/carência/careta.
Aceitam-se sugestões.
1 comentário:
A crença pode ser uma panaceia eficaz contra a ignorância e a natural fraqueza humana. Há quem as aceite como tal, isto é, como simples ignorância e fraqueza que não suscitam particular ansiedade ou sofrimento. Há quem não consiga viver com elas sózinho, quem procure respostas para coisas que racionalmente as não tem, quem se diga insatisfeito com a objectividade da vida e precise de subjectividades mais ou menos tranquilizantes. Esses são os crentes que respeito profundamente porque respeito a realidade humana e a liberdade de culto, esperando que respeitem o meu agnosticismo.
Enviar um comentário