Li esse artigo. Gostei. Concordo com a maior parte. Gosto da lucidez e da ousadia de A. Barreto - que só a independência pode dar. A única coisa que chateia nesse artigo (e não é pouco...) é o alinhamento com o pessimismo nacional dominante.
Está tudo mal, os dirigentes são uma merda, não existem perspectivas de recuperação, toda a gente segue lógicas individuais ou corporativas viciosas, não há plano, não há medidas, estamos perdidos, à deriva, a esquerda e a direita são a mesma treta e têm as mesmas responsabilidades.
Basta! Este discurso dura há demasiado tempo e, sobretudo, é partilhado por demasiada gente da mais diversa extracção e sensibilidade. Será mesmo que isto está assim tão mau? Será apenas lamentação que se tornou endémica? É tudo um choradinho e a malta acaba por se desenrascar menos mal? E se a coisa é mesmo tão grave (como a pintam) e se não tem solução à vista (como dizem) o que vai ser de nós, pobres desgraçados que têm vegetado ao longo dos séculos, com um curto interregno de ilusória grandeza que se derreteu num deserto do norte de África, e com sobressaltos eufóricos, como a participação em finais de campeonatos de europa que acabam quase sempre em derrota ?
Ainda havemos de ser grandes outra vez... Ou seremos engolidos por nações mais potentes? Ou seremos tolerados com desdém, dada a fraqueza dos nossos recursos que não interessariam nem ao menino jesus, que não justificariam cobiça nem mobilizariam exércitos estrangeiros? Não há nada pior que a indiferença ou o silêncio porque são sinónimos de não existência. Mas, a pena também dói...
1 comentário:
Li esse artigo. Gostei. Concordo com a maior parte. Gosto da lucidez e da ousadia de A. Barreto - que só a independência pode dar. A única coisa que chateia nesse artigo (e não é pouco...) é o alinhamento com o pessimismo nacional dominante.
Está tudo mal, os dirigentes são uma merda, não existem perspectivas de recuperação, toda a gente segue lógicas individuais ou corporativas viciosas, não há plano, não há medidas, estamos perdidos, à deriva, a esquerda e a direita são a mesma treta e têm as mesmas responsabilidades.
Basta! Este discurso dura há demasiado tempo e, sobretudo, é partilhado por demasiada gente da mais diversa extracção e sensibilidade. Será mesmo que isto está assim tão mau? Será apenas lamentação que se tornou endémica? É tudo um choradinho e a malta acaba por se desenrascar menos mal? E se a coisa é mesmo tão grave (como a pintam) e se não tem solução à vista (como dizem) o que vai ser de nós, pobres desgraçados que têm vegetado ao longo dos séculos, com um curto interregno de ilusória grandeza que se derreteu num deserto do norte de África, e com sobressaltos eufóricos, como a participação em finais de campeonatos de europa que acabam quase sempre em derrota ?
Ainda havemos de ser grandes outra vez... Ou seremos engolidos por nações mais potentes? Ou seremos tolerados com desdém, dada a fraqueza dos nossos recursos que não interessariam nem ao menino jesus, que não justificariam cobiça nem mobilizariam exércitos estrangeiros? Não há nada pior que a indiferença ou o silêncio porque são sinónimos de não existência. Mas, a pena também dói...
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