sábado, outubro 01, 2011

http://www.vimeo.com/29656943


Posso parecer piegas, nostálgico, paroquial... o que quiserem, mas este vídeo emocionou-me. Emoções fortes ligadas a coisas tão importantes como as raízes, a identidade e a pertença. Não quer dizer que não se possa crescer noutros sítios, abraçar outras paisagens, voar noutros céus em busca de uma perfeição discutível ou impossível. Mas, tudo isso, sem perder referências originais que seguram a nossa construção, que nos dão consistência e porto de abrigo, onde sabe bem voltar, pelo menos, de vez em quando. Senão, ninguém é tanto ao ponto de pertencer a tudo ao mesmo tempo e da mesma maneira. Só mesmo os grandes poetas ou filósofos têm a alma tão grande que precisam do mundo inteiro, e de nenhum sítio em particular, para realizar a missão das suas vidas, para ser felizes à maneira deles...

1 comentário:

Anónimo disse...

Obrigada, Miguel. Eu tambem adorei este video. Apesar de so la ter vivido 12 anos, apesar de ja la nao viver ha 35 anos e apesar de, a ultima vez que la estive fosse (a correr) ha 27 anos atras, o certo que foram os 12 anos mais importantes da minha vida e ainda hoje, quando algum portugues me pergunta de onde sou, respondo sempre: Coimbra. E apesar de ver que muita coisa esta tao diferente, ainda seria capaz de me desenrascar. Um barco no Mondego, Miguel? Um barco?? No Mondego??? Onde era so areia, sobretudo em Agosto???? No mesmo Mondego que as pessoas chamavam “basofias”?????...WOW!!!...

Gostei de ver as esplanadas no Parque (por onde, “no meu tempo”, passava a automotora da Lousa e onde havia uns baloicos onde as vezes me levavam); gostei de ver o Portugal dos Pequenitos, que ficava a 10 mns de casa e por onde todos os dias passava a caminho do liceu; achei essa ponte pedonal muito bonita (ha um angulo em que por pouco nao se ve a “minha casa”, la ao cimo da colina); embora um tanto diferente, gostei de ver o velho Arco de Almedina, todo arranjadinho e a Rua de Quebra Costas; gostei muito de ver a Universidade iluminada a noite e a torre toda limpinha; gostei de ver a Rua da Sofia (que parece estar na mesma); acho a vista da Couraca de Lisboa linda; gostei de ver o Mosteiro de Sta. Clara-a-Velha, finalmente, restaurado; gostei de ver o Mosteiro de Sta. Clara-a-Nova e igreja da Rainha Santa, onde (de 1968 a 1973) me obrigaram a ir todos os domingos, etc. etc. etc.

So houve uma coisa que me fez confusao: a zona da Praca 8 de Maio / Café de Sta.Cruz / Igreja de Sta. Cruz / Camara Municipal e CGD. Isso, se tivesse visto “ao vivo” iria-me deixar um tanto “baralhada”. Parece que a unica coisa que nao mudaram foi o interior do café de Sta. Cruz – pelo menos as cadeiras e as mesas parecem ser as mesmas onde tanta vez me sentei a comer uma torrada, a beber um galao e a ler as revistas do tio Patinhas…De resto, achei tudo muito diferente mas, ao mesmo tempo, “familiar”. Ate o Mercado Municipal, onde ia com a minha mae todos os sabados comprar fruta, peixe fresco e flores para a casa. So tive pena que o video nao mostrasse a vista sobre a cidade desde os miradouros do Vale do Inferno e Penedo da Saudade. Mais uma razao para ir ate la.

Thank you, merci, grazie, danke, gracias e OBRIGADA.

Teresa (que se esta nas tintas se parecer “piegas, nostalgica ou paroquial”)