No Luxemburgo vivem cerca de 65000 portugueses, de longe, a maior comunidade estrangeira do país, 14-15% do total da população do Grão-ducado, talvez o sítio no estrangeiro onde existe uma maior percentagem de portugueses.
Nos quiosques encontram-se jornais e revistas de toda a Europa e de todo o mundo (italianos, espanhóis, gregos, suecos, ingleses, americanos, japoneses, etc.). Os originários desses países são muito menos numerosos do que os portugueses.
Não se encontram jornais ou revistas portugueses (salvo "A Bola", o "Record" e a "Maria"...). Intrigado com a situação, perguntei a um negociante de jornais, em pleno centro da cidade do Luxemburgo o porquê de uma tal ausência. O homem explicou-me que, durante um certo período, encomendou jornais portugueses como o "Público", o "Diário de Notícias" e o "Expresso". Ao fim de cada dia, mandava para trás o mesmo número de jornais que tinha encomendado... "As pessoas não procuram esses jornais. Os portugueses no Luxemburgo não são intelectuais..." - disse-me.
Agradeci a explicação e virei as costas, triste como a noite, murmurando: "ora porra".
2 comentários:
Uma sondagem do site www.bomdia.lu demonstra que a clientela para comprar jornais portugueses no Luxemburgo existe, mas o que falha é não haver distribuidora.
O DN esteve para fazer negócio com uma tipográfica do Luxemburgo, para ser distribuido entre o Grão-Ducado e Londres passando por Frankfurt, Paris, Bruxelas e Estrasburgo. Mas a coisa não se fez. Eu viro a pergunta ao contrário: Falta de leitores ou falta de interesse dos jornais portugueses por estes leitores...quando se sabe que a "Bola", 'or exemplo, é mais vendida que alguns jornais grão-ducais. Infelizmente chega (à Livraria portuguesa) ao Luxemburgo apenas às 17h. Mesmo assim tem compradores...
Que venha então a oferta para mais uma vez se testar a procura...
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